A certificação FSC® ou PEFC de uma área florestal requer que as operações florestais sejam feitas de modo:
Ecologicamente responsável
Aplicação de técnicas que promovam o ciclo natural da floresta e causem o mínimo impacto, permitindo a sua renovação, a sua manutenção e a da biodiversidade que abriga.
Por exemplo, a floresta fornece matéria prima para a Indústria papeleira – se não houver floresta sustentável, não será possível oferecer o mesmo produto nem a mesma quantidade, sendo que o papel é um bem essencial da sociedade moderna.
Socialmente justo
O lote florestal e toda a actividade que ali se pratique têm de estar legalizados, o que implica o pagamento de todos os impostos e o respeito dos direitos dos funcionários que ali laborem, incluindo todos os preceitos de higiéne e segurança no trabalho e os respectivos seguros contra acidentes de trabalho. Além disso, o processo de certificação, quer seja pelo FSC® ou pelo PEFC, é transparente, ou seja, permite eventuais fiscalizações por qualquer entidade ou indivíduo da sociedade civil. Finalmente, os princípios e critérios da certificação florestal são decididos com a participação igualitária dos três sectores: ambiental, social e económico.
Economicamente viável
As práticas de gestão florestal requeridas por ambos os referênciais de certificação FSC® e PEFC, melhoram a produtividade da floresta, garantem a resiliência dos investimentos, e ACRESCENTAM valor ao produto. Os selos do FSC® ou do PEFC são já muito procurados nos produtos de origem florestal
ou cuja matéria prima seja proveniente da floresta, o que significa que um produto com um símbolo de certificação garante a sua permanência no mercado e abre novos mercados.
Que importância para o sector silvícola em Portugal?
Com a chegada da certificação florestal a Portugal surge a oportunidade de introduzir novos produtos no mercado, sendo um passaporte para a modernidade e para a economia global. Significa, também, a resiliência dos empreendimentos e sua permanência no local onde se situam, mantendo
empregos e viabilizando investimentos.
Outro factor relevante da certificação é a melhoria da imagem dos empresários do sector. Ela distingue os que executam as suas operações de forma
correta daqueles que podem estar na ilegalidade, que podem agir de forma irresponsável destruindo a floresta e a sua biodiversidade, não trazem
benefício para a comunidade local, utilizam mão-de-obra ilegal e sem equipamentos de protecção individual, não pagam impostos, etc.